Os
editoriais dos principais jornais brasileiros neste final de semana, todos
violentos não apenas contra Jair Bolsonaro não perdoam o general Augusto
Heleno, um personagem que, deveriam atentar os militares, é considerado
pelo Estadão “não só (…) completamente despreparado para o
cargo que ocupa, como considera ” democracia” o regime em que Bolsonaro manda e
os demais obedecem”.
“Mais
do que isso: colabora decisivamente para que suas atitudes irresponsáveis, de
natureza essencialmente pessoal, pois sua função não é falar em nome do
governo, sejam confundidas com o pensamento das Forças Armadas. Assim, urge que
os comandos militares desvinculem as Forças Armadas desses … para desgraça do
País, chegaram à Presidência nas eleições de 2018. Se não o fizerem
imediatamente, e de maneira clara, correm o risco de de ver sua imagem,
duramente reconstruída depois de 20 anos de ditadura, atrelada a um governo que
flerta dia e noite com a ruptura.”
O Globo pergunta que o general da reserva considera
que as Forças Armadas se disporiam a quebrar a ordem institucional que perdura
há 32 anos, investindo contra o Supremo, que cumpre ritos legais, respaldados
na Constituição?
Diz
que Heleno atraiu “justificadas reações de repúdio e para confirmar que o
calejado general da reserva passou a fazer parte do núcleo ideológico do
bolsonarismo”.
A
Folha endurece no título – Bolsonaro mente -, diz que ” o encontro do ministério
entra para a história dos 130 anos da República no Brasil como um dos episódios
mais execráveis do exercício do poder presidencial” e descarrega chumbo sobre o
aval de Augusto Heleno – sugerindo que fala em nome das Forças Armadas – ao
mentiroso.
A
apuração dos crimes atribuídos ao Presidente] não pode se deter,
ademais, diante de ameaças abjetas como a do general Augusto Heleno, do GSI,
segundo o qual uma eventual apreensão do celular presidencial teria
“consequências imprevisíveis”. Dados a baixeza e o desvario mostrados numa
reunião formal, assusta de fato imaginar o que Bolsonaro diz em privado.
Do
Tijolaço
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