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mortes ontem e, hoje, provavelmente, um número de óbitos igual ou maior, porque
os números de oito estados disponíveis até agora – São Paulo, Paraná, Ceará,,
Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Tocantins – já somam 794
vítimas da Covid 19 nas últimas 24 horas.
Portanto,
o resultado a ser divulgado ao final do dia tem perspectivas sombrias, talvez
até um recorde de fatalidades desde o início da pandemia.
Contraditoriamente,
há uma sensação de que “o pior já passou’ e estamos todos conformados com que
as cenas de aglomeração humana vão se repetir no Carnaval, como algo
inevitável.
Afinal,
a vacina está aí e aceitamos que, num país capaz de vacinar 80 milhões de
idosos em três meses nas campanhas da gripe, esteja tudo bem em, com 20 dias,
apenas 4 milhões tenham recebido o imunizante: 2% da população, pouco mais de
1% do número de doses necessárias à dupla aplicação que será necessária.
Ficamos
todos, porém, compreensivelmente emocionados com as cenas, de fato
emocionantes, de velhinhos de 95, 98, 100 anos sendo vacinados, o que tocante e
positivo, mas está longe de representar um processo de imunidade coletiva.
Finalmente,
temos de reconhecer que prevaleceu a posição estúpida de Jair Bolsonaro, de que
só os idosos e doentes devem ficar isolados e que os demais devem circular,
trabalhar e até passear como ele faz a toda hora e, certamente, fará no
Carnaval que só não vai existir oficialmente.
Tijolaço.
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