A
nota oficial emitida pelo ministro Luís Edson Fachin, dizendo que a pressão
de militares sobre o Poder Judiciário é “intolerável e inaceitável” – depois da
confissão do general Eduardo Villas Boas de que o famoso tuíte com que
pressionou o Supremo Tribunal Federal a negar o habeas corpus no qual o
ex-presidente Lula pedia para recorrer em liberdade das sentenças de Sergio
Moro – deveria ter direito a um jazigo especial no já vasto “cemitério nacional
de notas de repúdio”.
Três
anos depois de ter sido pressionado, sem nenhuma reação e, sobretudo, tendo
feito exatamente aquilo que se desejava com as pressões: recusar o direito
constitucional da presunção da inocência quando o assunto era Lula e que só
depois foi reconhecida numa Ação Direta de Constitucionalidade.
Fachin
é hoje, dentre o próprio STF, um ministro de quem não se espera a
imparcialidade nos casos relativos ao ex-presidente. Independente do que se
ponha em votação que diga respeito a Lula, tem-se a certeza de qual será o voto
de Fachin: contra o ex-presidente.
Não
há linguajar empolado, como o que gosta de usar o ministro, que possa esconder
este fato.
Não
é que Fachin não deva ser pressionado. Quando se trata de decidir contra Lula
ele o faz, sem pressão alguma.
Tijolaço.
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