O
site jurídico Conjur revelou mais alguns trechos do conjunto de
transcrições de diálogos em grupos de chat do Ministério Público e um deles,
enviado a procuradores pela procuradora Lívia Tinôco, no dia da prisão de Lula,
espanta pela sinceridade quase pornográfica com que escreve a José Robalinho,
presidente da Associação Nacional de Procuradores da República, com quem
discutia os termos de uma nota de apoio à Força Tarefa de Curitiba:
“TRF, Moro, Lava
Jato e Globo tem (sic) um sonho: que Lula não seja candidato em 2018.
Não querem Lula de volta porque pobre não pode ter direito. E o outro sonho de
consumo deles é ter uma fotografia dele [Lula] preso para terem um
orgasmo múltiplo, para ter tesão”.
Mais
tarde, quando um avião transporta Lula de São Paulo para a PF de Curitiba, o
procurador Robalinho “brinca” de dizer que a aeronave que o leva “é igual ao do
teori” [Teori Zavaski, ministro do Supremo que morreu num desastre aéreo],
insinuando a possibilidade de queda do aparelho.
É
nisto em que se transformaram funcionários públicos, muito bem pagos e cheio de
privilégios: em moleques que tratam assim a liberdade e a vida de um ser
humano. E de um ex-presidente da República, pior ainda, porque dá a ideia do
que seriam capazes de fazer a um cidadão sem os meios de defesa que Lula tem.
A
dona Lívia, que gosta tanto de aparecer que foi levar um arco e flechas para
Rodrigo Janot, em sua despedida da PGR, para fazer graça com aquele famoso
“enquanto houve bambu tem flecha”, e o senhor Robalinho mostram a face
asquerosa do Ministério Público, que se ocultou, para ter seus orgasmos
múltiplos, do segredinho de mensagens sórdidas que os cidadãos não podiam ver.
Tijolaço.
0 comments:
Postar um comentário