O
“passeio eleitoral” de Donald Trump, dando “uma voltinha” de carro para saudar
algumas dezenas de apoiadores que se espalhadas pela calçada do Hospital Walter
Reed é mais uma – se isso ainda fosse necessário – de que o presidente
norte-americano coloca o marketing muitas posições à frente dos deveres de
responsabilidade de dirigir o mais poderoso país do planeta.
Trump
– e isso lhes disseram os médicos que, atarantados, se complicam nas
entrevistas de imprensa – é um vetor poderoso da doença e uma ameaça a toda e
qualquer pessoa que dele se aproxime. Exceto o pessoal médico, fortemente
protegidos por máscaras, óculos de proteção e protocolos de proteção.
No
carro blindado – inclusive contra gases – ele é uma ameaça contra os
funcionários do Serviço Secreto que o ladeavam, numa exposição desnecessária e
arrogante, com a única finalidade de tentar mostrar-se em perfeitas condições
de saúde, o que não é, obviamente, verdade, do contrário não teria sido levado
a um hospital.
Donald
Trump está dando sucessivos tiros em seus pés, eliminando qualquer possibilidade
da natural simpatia que se tem a uma pessoa com problemas de saúde.
Mas,
certamente, não a uma pessoa que faz deles instrumento de promoção política,
pretendendo se arvorar em alguém acima das fragilidades que todos têm e age com
tal falta de responsabilidade que apavora pensar que tenha o controle do mais
poderoso arsenal de guerra do mundo.
Por
mais que a direita tenha tentado transformar a realidade em uma sucessão de
factoides, ainda sobrevive na inteligência humana a capacidade de separá-los do
que deve e precisa ser feito para que se realizem o bem e a segurança de todos.
Trump
deu hoje um passo trôpego em direção à volta à sua condição de clown, de
figura esdrúxula, de homem que, apesar do corpanzil, é um nanico mental para o
lugar que ocupa.
Do Tijolaço
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