A
leitura crua dos dados do IBGE sobre emprego: o Brasil tem 13,8 milhões de
pessoas (14,4% da força de trabalho) procurando emprego e outras 5,9 milhões
que nem o procuram mais, por desalentadas em não encontrá-los.
A
Soma disso diz que a parcela da população brasileira apta ao trabalho que
realiza algum tipo de atividade econômica, mesmo “por conta própria” caiu ao
seu menor nível em toda a história: 46,8%, com queda de 2,7 pontos percentuais
ante o trimestre anterior (49,5%). Comparado ao que se registrava em 2014, são
mais 10% de todos os brasileiros que deixaram de ter um posto de trabalho.
E
não só os trabalhadores formais, não. Estes caíram para 29,1 milhões, dois
milhões de certeiras assinadas frente ao trimestre anterior e 4 milhões ante há
um ano atrás. Para avaliar: são 16 milhões de carteiras assinadas a menos que
em janeiro de 2016, onde todos falavam em “desastre econômico”.
Os
trabalhadores sem carteira diminuíram em 3 milhões desde 2019, os “por conta
própria” em 2,8 milhões e os empregados e empregadas domésticas em 1,7 milhão
de pessoas.
Difícil
encontrar outra palavra para isso que não seja devastação do emprego.
E
não há sequer uma política pública para restaurá-los.
Do Tijolaço.
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