As
secretarias de Saúde acabam de liberar o total de mortes contabilizadas nas
últimas 24 horas e o número saltou para perto do mesmo dos piores períodos da
pandemia de Covid-19: 842 vidas perdidas, o que nos deixa a dois ou três dias
de chegarmos a 180 mil óbitos, pois já temos 178.159 contados às 18 horas de
hoje.
Vai
piorar, pois os casos confirmados voltaram a somar 50 mil por dia e a curva
ascendente é aguda. Como prometi mais cedo, trago os números e as comparações
que deveriam estar assustando nossas autoridades sanitárias, neste momento mais
empenhadas em suas guerrinhas políticas.
No
gráfico, registra-se a evolução por Semana Epidemiológica (SE) do percentual de
resultados positivos – o que indica a presença ativa do vírus – obtidos nos
exames de RT-PCR aplicados no país. Não é o número de testes, atente, mas a
parcela deles que dá positivo para a presença da doença e que indica a
necessidade de quarentena ou internação hospitalar.
Na
SE 48, encerrada dia 28 de novembro, tínhamos 30,81% dos exames apresentando
resultados positivos para o Sars-Cov-2, ou quase um terço das pessoas
submetidas aos testes estando doentes e em fase de transmissão.
Compare
com a tabela desta mesma taxa de positividade em alguns países europeus onde
sabemos que a situação está deteriorada, todos medidos na mesma Semana
Epidemiológica de n°48.
Como
o número de testes está aumentando, uma taxa maior é crescimento sobre
crescimento.
É
questão, infelizmente, de tempo – e muito pouco tempo – para voltarmos à
terrível marca de mil mortos por dia e, com os 22 dias que faltam para o final
do ano, terminarmos 2020 bem perto das 200 mil mortes.
Os
dados originais podem ser obtidos aqui e aqui.
Do Tijplaço.
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