Rodrigo
Maia não aprendeu que Jair Bolsonaro e sua trupe de fanáticos não será detido
por declarações de conteúdo ético ou moral.
Depois
de chamar o presidente da República de “mentiroso” por ter afirmado que era
culpa da Câmara (e de seu presidente) não se ter votado a 13° parcela do Bolsa
Família – no que foi confirmado pela declaração de Paulo Guedes de que não havia recursos para pagá-lo – decidiu
não colocar, atendendo ao pedido dos líderes do governo, a votação da Medida
Provisória n° 1.000, deixando assim que se encerre o auxílio-emergencial aos
mais pobres, porque seria, neste caso, evitar a sua extensão.
Sem
obrigar Jair Bolsonaro a “dar a cara”, ele continuará mentindo e culpando os
outros pelas deficiências de sua administração.
Esta
semana, em plena explosão pandêmica e de uma nova retração econômica – que já
está evidente lá fora e visíbel aqui – termina o pagamento da última e reduzida
parcela da ajuda que permitiu a um terço da população sobreviver e o
afundamento da economia não ser total.
Deixar-se
prorrogá-lo, de alguma forma e com ao menos um pequeno valor vai gerar, logo,
reação popular.
E
Bolsonaro dirá, com a mesma cara dura, que a Câmara dos Deputados não o votou.
“Mas
isso está registrado na imprensa, está registrado aqui [na Câmara]”,
consolou-se o deputado. E daí, Maia, você acha que Jair Bolsonaro liga para
isso, logo ele que “nunca” chamou a pandemia de “gripezinha”?
Mas
Maia, de olho na eleição da Presidência da Câmara, acha que com atitudes
“prudentes”, derrotará o “compra-compra” com que o Governo pretende assumir o
controle do Legislativo.
Cara
feia e indignação não funcionam com um cínico como Bolsonaro.
Do Tijolaço.
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