Se
Jair Bolsonaro respondesse a perguntas de jornalistas, em lugar de “dar um
chilique” e encerrar seguidamente suas entrevistas, bem que algum repórter
poderia perguntar-lhe porque, em 2018, achava que o país podia ser paralisado
por 10 dias, pelo bloqueio dos caminhoneiros para baixar o preço do óleo
diesel, movimento que ele apoiou abertamente, mas não pode reduzir ao mínimo as
atividades econômicas durante alguns dias para salvar milhares de vida.
Naquela
ocasião, até a entrega de alimentos às cidades foi interrompida, o preço dos
gêneros essenciais disparou, muita gente perdeu o “pão dos seus filhos” por não
ter mercadoria para vender e tudo o mais com que hoje Bolsonaro invoca para
opor-se ao remédio universalmente reconhecido como a única ação de curto prazo
para deter a escalada da pandemia, que hoje levou mais 2.500 brasileiros.
Preocupado
com os efeitos do apoio aberto ao bloqueio de estradas que infernizou o país,
Bolsonaro acabou amenizando suas declarações.
Acabará
fazendo o mesmo agora, numa situação inversa, porque as principais regiões
metropolitanas do país estão fechando, embora façam malabarismo para fugir da
expressão lockdown e “temperem” decisões corretas com flexibilizações
absurdas.
É
tarde pare evitar a hecatombe de março, que nos levou esta semana a quase 16
mil mortes e fechará o mês com nada menos de 60 mil vidas perdidas.
Mas,
ainda que tardia, poderá impedir que isso se repita em abril e maio, nos
levando a mais de 400 mil mortes e talvez, a meio milhão de óbitos até julho,
quando finalmente teremos uma parcela de brasileiros vacinados grande o
suficiente para fazer diferença nos danos da pandemia.
Tijolaço.
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