Em
várias cidades do país, minguados grupos de fanáticos foram à rua comemorar o
31 de março e dar apoio ao atropelo de Jair Bolsonaro sobre as Forças Armadas.
São,
como dizia o primeiro ditador, Castello Branco, as “vivandeiras alvoroçadas,
vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias do poder
militar”.
Claro
que, pela histeria fundamentalista e pela insignificância numérica, só uma
finalidade: a de demonstrar aos militares – e a toda a sociedade – de que a
memória de 1964 e o desejo de um regime de força podem ser chamados de qualquer
coisa, menos de vontade da Nação.
Invocá-la
para dar apoio a uma aventura golpista de Jair Bolsonaro é mais absurdo que,
como fez o agora Ministro Walter Braga Netto, dizer que o golpe de 1964 veio
“pacificar o País”.
Não
há base social para um golpe de essência militar – ainda que chefiado por
Bolsonaro – e não há condições para uma quartelada de oficiais e, também, não
há sinal de viabilidade de um levante da média-baixa oficialidade, de
inspiração bolsonarista.
Bolsonaro,
aparentemente, só colheu prejuízos com o ato de força que praticou sobre as
Forças Armadas.
A
foto com os novos comandantes, meramente protocolar, é a formalidade que
comprova a artificialidade destas escolhas, ao menos para a vontade
presidencial.
Não
teve condições de fugir da solução tradicional da ordem antiguidade dos
oficiais generais (excetuando apenas os que cairão na idade limite de passagem
para a reserva) e, sobretudo no Exército, colocar no comando um general que lhe
fosse mais simpático.
A
correria com que se deu posse aos novos comandantes é uma antevisão do que os
novos comandantes deverão fazer: submergir.
O
que não quer dizer a cessação dos perigos, mas deixa as tensões mais entre os
comandos e Bolsonaro mais que entre os militares e as instituições.
Tijolaço.
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