A
revelação de que a empresa Álvarez & Marsal, que responde pela
administração da recuperação judicial da Odebrecht, da OAS e de outras empresas
atingidas pela Lava Jato, e que admitiu Sergio Moro como “managing
director” (no dicionário Cambridge, “o responsável por uma empresa , quem é
responsável pelo que faz e como é gerida”) recebeu das “vítimas” do ex-juiz
nada menos que R$ 42,5 milhões está repercutindo com tanta força que até
a Veja, “ninho do marreco”, está se vacinando contra um
imiente escândalo.
A
revista, preventivamente já menciona um dossiê que estaria correndo entre os
políticos onde registros do Coaf conteriam a informação de que os ganhos de
Moro em seu passeio multinacional teriam lhe proporcionado ganhos de US$ 5
milhões (quase R$ 30 milhões).
Os
defensores de Moro, diante da covardia do ex-juiz em dar informações concretas
sobre quanto recebia da multinacional prefere agarrar-se ao argumento de que
ele, a esta altura, não era mais servidor público e, portanto, seus
recebimentos eram privados e sigilosos.
Obviamente
errado, pois os pagamentos feitos por empresas submetidas a recuperação
judicial são públicos e aprovados pelo juiz que a supervisiona.
Não
é, porém, a única área onde a fome de dinheiro está colocando Moro em
problemas.
Lauro
Jardim, em O Globo, diz que Moro está negociando com Luciano Bivar, o homem que
alugou o então PSL a Jair Bolsonaro e que agora preside o “União Brasil” de R$
1 bilhão de Fundo Eleitoral sua mudança de partido. Diz o colunista que “Moro
tem dado sinais de que quer (ou precisa) de um partido com maior densidade — e
mais verbas para sustentar uma campanha presidencial”.
Assim
mesmo, troco o partido que foi montado para esperá-lo, em apenas dois meses,
por outro com maiores dotes. Embora, eu e qualquer um duvide que Bivar vá dar,
grátis, seu rico dinheirinho sem cobrar muito em troca.
De
que, mesmo, Lula chamou Moro outro dia?
Tijolaço.
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