O
descompromisso de Jair Bolsonaro com a administração do país ficou, de novo,
evidente.
O
decreto que coloca a execução do Orçamento da União nas mãos de Ciro Nogueira,
ministro da Casa Civil, é sinal de que as verbas consideradas “políticas” vão
escorrer como lama do barranco dos cofres federais.
Nenhum
remanejamento de verbas – das emendas ou fora delas – pode ser feito, agora,
sem a prévia anuência do “delegado do Centrão” no governo e Paulo Guedes passa
à posição de um simples contabilista, sem poder de decisão.
A
prioridade única será a liberação da montanha de verbas destinadas aos
parlamentares, agora transmutados em cabos eleitorais do atual presidente.
O
“critério técnico” é “isso dá voto?”
Ninguém
se espante se faltar dinheiro até para despesas obrigatórias, porque o próprio
governo admite que a conta dos pagamentos de vencimentos não fecha em R$ 9
bilhões, mesmo sem os gastos das “bondades” que Bolsonaro pretende (ou
pretendia) dar a policiais.
Tudo
entra na conta de ser culpa do pessoal do “fica em casa” e, com a provável
complicação da economia com a onda avassaladora da Ômicron, nisso aí cabe uma
“Parte 2” da desculpa esfarrapada.
A
informação de que as contas da ONU nos colocam na antepenúltima posição de
crescimento do PIB em 2022, numa lista de 170 países, só à frente da Guiné
Equatorial e Mianmar é, ainda, otimista.
Vamos
é encolher e, com a chave do cofre, o Centrão pouco se lixa para isso. A
farinha é pouca, mas seu pirão vem primeiro.
Tijolaço.
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