Estamos
ouvindo muitas historinhas de “autoajuda” de que a onda da variante ômicron do
vírus da Covid é “rápida” e que em poucas semanas se dissipa.
Seria
ótimo, mas isso não corresponde à realidade e usar três ou quatro dias de
número decrescente de casos é uma confusão inadmissível entre ciência e
esperança.
Com
números em queda desde o dia 11, a França registrou hoje quase meio milhão de
casos diários da doença: 464,769, entre os 65 milhões de franceses.
Itália
(434 óbitos em 24 horas) e Reino Unido (438) voltaram a números que ocorriam em
março do ano passado.
Notícia
pior ainda: percentualmente, segundo o respeitadíssimo Financial Times, a internação de crianças cresce em
percentual muito mais alto do que se elevam os casos, indicando uma
vulnerabilidade maior destes grupos etários, onde a vacinação foi mais tardia
ou, para os de menor idade, não aconteceu.
Aqui,
vamos hoje ultrapassar com folga 100 mil casos diários e as mortes vão passar
de 200. Os números oficiais serão divulgados em uma hora, mas, só pelos óbitos
registrados em São Paulo (117), Rio Grande do Sul (22) e Goiás (23) já é
possível esperar o que vem por aí.
É
o “bem-vinda, ômicron” de Jair Bolsonaro começando a mostrar a cara.
Tudo
o que tem sido dito aqui é reafirmado: os casos estão sendo sonegados ao
conhecimento público.
P
S.: Saíram os dados: 137 mil novos casos, um recorde em toda a
pandemia, e 351 mortes, o maior número desde o início de novembro.
Tijolaço.
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