Tudo
isso foi possível a partir do momento em que Alexandre Moraes impediu a posse
do novo delegado geral da Polícia Federal, em uma atitude de duvidosa
legalidade. Mas, ali, ficou claro que todas as ameaças de Bolsonaro eram blefe.
A
prisão de Fabrício Queiroz é consequência direta da tomada de posição do
Supremo Tribunal Federal (STF), através das decisões do Ministro Alexandre de
Moraes. Agora os demais órgãos de investigação começam a desovar seus
inquéritos.
AS
PRÓXIMAS ETAPAS SÃO ÓBVIAS:
Terminou
definitivamente a blindagem dos Bolsonaro. Com essa operação, cai a ficha de
todos os bolsominios abrigados no Congresso e nas redes sociais, de que
Bolsonaro não mais é o guarda-chuva protetor.
No
combate a organizações criminosas, o maior desafio das forças de repressão é
desmontar a lealdade entre as partes. E essa lealdade depende fundamentalmente
da capacidade do chefe maior em garantir a segurança dos seus seguidores.
Com
a prisão de Queiroz, haverá a debandada da tropa bolsonarista. Com o mapeamento
amplo produzido pelo STF, Gaeco e, agora, a Procuradoria Geral da República, o
esquema cairá como um castelo de cartas ao vento, com ampla abertura para
delações premiadas.
Agora,
Bolsonaro terá que mostrar todas as suas cartas. Se nada tiver a mostrar, não
terá condições políticas de segurar o centrão – que é um investidor no mercado
futuro da política -, nem de mobilizar os setores simpáticos nas Policiais
Militares estaduais, abrindo espaço definitivo para a cassação da sua chapa
pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Não
se deve esquecer do depósito efetuado por Queiroz na conta da primeira dama.
Tudo
isso foi possível a partir do momento em que Alexandre Moraes impediu a posse
do novo delegado geral da Polícia Federal, em uma atitude de duvidosa
legalidade. Mas, ali, ficou claro que todas as ameaças de Bolsonaro eram blefe.
Demonstrado isso, o Supremo, como um todo, ganhou coragem de ir à frente e
ocupar os espaços de poder.
Do
GGN
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