Se
alguém tinha dúvidas de que o Supremo Tribunal Federal, ante a omissão do
Congresso, tomou o freio nos dentes e assumiu o papel de se postar como uma
parede diante dos planos golpistas de Jair Bolsonaro, deveria perdê-las diante
dos acontecimentos que se sucedem desde ontem de manhã.
O
núcleo duro do bolsonarismo está atônito, apavorado, com os fatos que vão se
atropelando: mandados de busca e apreensão, prisão de militantes agressivos e,
agora, quebra de sigilo bancário de vários de seus líderes, inclusive 11
parlamentares da tropa de choque presidencial.
Bolsonaro
não sabe o caminho para a reação a isso e se não adotou o seu método
tradicional, o de vociferar, é porque tem motivos políticos internos para não o
fazer.
E
o motivo é a falta apoio para dar passos adiante no seu autoritarismo.
Passou
a revelar-se mais pelo que não diz do que pelo que diz, porque já não pode
dizer o que quer.
Não
pode, também, porque os casos se avolumam e se agravam em todos os campos: na
pandemia, na economia, na política e nos inquéritos que o vão cercando: fake
news, ataques ao STF, rachadinha, financiamento de grupos extremistas,
etc…
Jair
Bolsonaro está acuado e, embora perigoso como quem está encurralado, tem pouco
espaço de manobra para atacar sem correr riscos.
Já
não há quem acredite ser possível acordos com ele.
Do
Tijolaço
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