Parece
que pouca gente neste país está fazendo ideia do crime que está sendo cometido
contra o povo brasileiro.
Seja
qual for a hora em que o Ministério da Saúde divulgar os números de vítimas,
hoje à noite, teremos chegado a 600 mil pessoas contaminadas e ficar em torno
de 34 mil mortos nos igualando à Itália em óbitos e passando, assim, a ficar em
terceiro lugar em perda de vidas, pois o segundo em perdas de vidas já somos há
vários dias.
Ontem,
dos 121 mil casos novos da doença registrados no mundo, corresponderam a
brasileiros quase um quarto das vítimas.
Mas
são se escuta aqui abrir, abrir tudo.
Até
as escolas já falam em reabrir, sem ter qualquer ideia de até onde se pode
chegar.
Em
São Paulo e no Rio, libera-se os camelôs e, boa parte do comércio das
periferias já está aberta, a meia-porta ou escancarado.
Um
país sem governo, permitam o pleonasmo, vira um país desgovernado e, portanto,
no rumo de um desastre imenso.
Hoje,
na cobertura da Globonews, um jovem jornalista disse que aos jornalistas não
cabe dizer se o relaxamento das poucas medidas restritivas seria correto ou
não, mas apenas “ouvir especialistas”.
Desculpe,
rapaz, mas aos jornalistas coube dizer se a abolição da escravatura “era
correta”, se os desejos de igualdade da Revolução Francesa “eram corretos”, se
os direitos dos seres humanos deviam ser respeitados…
Falta
apenas erigir Pilatos como o patrono da “neutralidade”.
De
que adianta invocar a ciência se, na prática, ficarmos indiferentes à morte de
milhares de brasileiros?
Do
Tijolaço
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