A
Nova Zelândia suspendeu todas as restrições sociais e econômicas, exceto os
controles de fronteira, depois de declarar nesta segunda-feira que estava livre
do coronavírus, um dos primeiros países do mundo a voltar à normalidade pré-pandêmica.
Ressalta-se que a população da Nova Zelândia é de aproximadamente 4,9
milhões de habitantes, segundo estimativas de 2018.
Com
o fim das restrições, os eventos públicos e privados, indústrias de varejo e
hospitalidade e todo o transporte público foram autorizados a retomar seu
funcionamento sem as regras de distanciamento ainda existentes em grande parte
do mundo.
"Embora
o trabalho não esteja concluído, não há como negar que este é um marco...
Obrigada, Nova Zelândia", disse a primeira-ministra do país, Jacinda
Ardern, em coletiva de imprensa, acrescentando que dançou de alegria com a
notícia.
"Estamos
confiantes de que eliminamos a transmissão do vírus na Nova Zelândia por
enquanto, mas a eliminação não é acaso, é um esforço sustentado".
Os aproximados cinco milhões de pessoas da Nova Zelândia estão emergindo da pandemia, enquanto
grandes economias como Brasil, Reino Unido, Índia e Estados Unidos continuam a
lidar com a disseminação do vírus.
Os
75 dias de restrições na Nova Zelândia incluíram cerca de sete semanas de uma
quarentena rígida, na qual a maioria das empresas foi fechada e todos, exceto
trabalhadores essenciais, tiveram que ficar em casa.
"Hoje,
75 dias depois, estamos prontos", afirmou Ardern, anunciando que as
restrições de distanciamento social terminariam à meia-noite.
Ardern
disse que fez uma "pequena dança" quando lhe disseram que não havia
mais casos ativos de Covid-19 na Nova Zelândia, surpreendendo sua filha de 2
anos, Neve.
"Ela
foi pega um pouco de surpresa e se juntou a mim, sem ter absolutamente nenhuma
ideia de por que eu estava dançando pela sala".
A
Nova Zelândia registrou 1.154 infecções e 22 mortes por Covid-19 desde que o
vírus chegou no final de fevereiro.
Ardern
prometeu eliminar, não apenas conter, o vírus, o que significava interromper a
transmissão por duas semanas após o último caso conhecido receber alta. Por
enquanto, todos que entrarem no país continuarão sendo testados e colocados em
quarentena.
Mesmo
assim, o governo precisará mostrar que pode reviver a economia, que deverá
afundar em recessão.
Os
partidos de oposição criticaram a decisão de Ardern de manter as restrições por
tanto tempo.
"Precisamos
avançar com cautela aqui. Ninguém quer prejudicar os ganhos que a Nova Zelândia
obteve", disse a premiê.
Reuters
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