O
fascismo tem como regra a criação, sempre, do “inimigo interno”.
Bolsonaro
usa e abusa disso.
O
fiasco de seu governo é “explicado” pela decisão do STF que reconheceu
competência concorrente a Estados e Municípios para ditar normas de isolamento
social.
Claro,
o Governo Federal não determinava norma alguma, esperava o quê?
Hoje,
ele investe contra a Globo, que, segundo ele, “de forma covarde e desrespeitosa
aos 100 mil brasileiros mortos, essa TV festejou essa data no dia de ontem,
como uma verdadeira final da Copa do Mundo, culpando o presidente da República
por todos os óbitos”.
Ao
que se saiba, ontem, a única comemoração esportiva foi a do próprio Bolsonaro,
festejando o título paulista do Palmeiras, mas silente sobre o número de mortos
que alcançava a centena de milhar de mortos. “tocando a vida”.
Jair
Bolsonaro não é, na verdade, culpado por todas as mortes, mas seu governo é,
certamente, responsável por termos um número de vítimas muito superior ao da
maioria dos países.
Temos
2,77% da população mundial e 15% dos casos e quase 14% das mortes registradas
no planeta.
O
STF e a Globo, se são culpados, são culpados da cumplicidade que tiveram com a
ascensão de Bolsonaro ao poder, com todos os avisos do que ele poderia ser.
Inclusive
o que é, um instrumento da divisão da sociedade no momento em que ela deveria
se unir para combater uma ameaça sanitária com esta da Covid-19.
Essa
é a culpa que tem Jair Bolsonaro, a de ter transformado a Covid-19 numa
“pandemia com partido”, onde a seriedade e o risco dependiam de ser de
“direita-cloroquina” ou de “esquerda-tubaína” e na qual o presidente da
Republica transformou-se num negacionista, que agitava caixinhas de remédios
milagrosos.
Por
isso é que a história registrará a culpa de Bolsonaro – como também a de Trump,
nos EUA, por terem levado o desastre às proporções de hecatombe.
Do
Tijolaço
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