O
governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), lançou, na manhã desta
quinta-feira (20), o Plano Emergencial de Empregos (PEE) Celso Furtado, que
prevê R$ 558 milhões de novos investimentos públicos no estado até dezembro. Em
anúncio transmitido pelas redes sociais, Dino declarou que, ao estimular a
economia maranhense, sua gestão visa “zerar o efeito recessivo da pandemia”.
Em
termos numéricos, o PPE tem uma meta: repetir o número de empregos gerados no
período de agosto a dezembro de 2019 – quase 63 mil vagas, conforme o Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Para Dino, é possível que, nos
cinco meses finais de 2020, o Maranhão se aproxime dessa marca, vencendo a
crise econômica e continuando a gerar postos de trabalho. “É a defesa do Maranhão,
das empresas e dos empregos, do trabalho e dos empreendedores do nosso estado.”
O
PPE terá várias fases. Nesta primeira, de agosto a dezembro, haverá injeção de
recursos públicos em novas obras e compras, distribuídas em 11 eixos: obras em
infraestrutura (R$ 218 milhões); obras educacionais (R$ 144 milhões); saúde (R$
31 milhões); cultura, esporte e lazer (R$ 78 milhões); meio ambiente (R$ 36
milhões); habitação (R$ 10 milhões); segurança (R$ 20 milhões); agricultura
familiar (R$ 6 milhões); agricultura e pesca (R$ 6 milhões); desenvolvimento
social (R$ 4,4 milhões); e economia solidária (R$ 3,5 milhões).
Entre
os projetos, estão obras de ampliação e recuperação de rodovias estaduais, a
modernização porto do Itaqui, o campus Balsas da Uema (Universidade Estadual do
Maranhão), policlínicas em Açailândia, Santa Inês e Presidente Dutra, o novo
Socorrão de Imperatriz, um hospital em São Luís, editais para o setor cultural
e para o programa Maranhão verde, parques ambientais e mais recursos para o
cheque Minha Casa. Haverá também investimentos no sistema penitenciário. “São
Luís saiu da lista das 50 cidades mais violentas do mundo. Não vamos parar
isso”, afirmou Dino.
A
essas medidas se soma uma série de isenções fiscais, anistias e renegociações
que o governo Flávio Dino já decretou para minimizar os impactos da crise no
Maranhão. Na opinião do governador, o Estado, como indutor econômico, deve
buscar a convergência com a iniciativa privada, sem cair na política
ultraliberal do governo Jair Bolsonaro.
O
patrono do PPE, o economista nordestino Celso Furtado, foi o idealizador, em
1959, da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). No
lançamento do PPE, Dino citou um célebre máxima de Furtado: “Pensar que o
mercado vai substituir o Estado é uma ilusão”.
Com
o anúncio, Dino também frisou a importância de “sinalizar o caminho da
retomada, que certamente não é essa agenda equivocada, depressiva,
desesperançada, antinacional e antipopular”. Segundo o governador, “os arautos
da contração fiscal expansionista” propagam “ideologia, mistificação”. Essa
política “não está sendo feita nos Estados Unidos, não está sendo feita na
União Europeia, não pode ser feita no Brasil”.
Flávio
Dino renovou o convite ao presidente Jair Bolsonaro por uma parceria nacional
entre Presidência, governos estaduais, empresários e trabalhadores. “Pacto
Nacional pelo Emprego – esta é a agenda do Brasil”, ressaltou o governador do
PCdoB. “Os governos servem para liderar. Quem não sabe liderar, que não
atrapalhe.”
Do
PCdoB
0 comments:
Postar um comentário