O
procurador-geral Augusto Aras tem até o dia 10 de setembro para renovar os
procuradores que hoje integram o grupo.
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Divulgação
A
força-tarefa da Lava Jato de Curitiba pode estar com os dias contados. Isso
porque o procurador-geral Augusto Aras tem até o dia 10 de setembro para manter
os procuradores que hoje integram o grupo.
Para
ser mantido, o grupo precisa da autorização de prorrogação pelo chefe maior do
Ministério Público Federal (MPF). Segundo reportagem da
Reuters, as pressões são para que a força-tarefa acabe, sem necessariamente
afetar as investigações em curso.
Ao
todo são 400 inquéritos que ainda estão em andamento pela força-tarefa de
Curitiba, o berço da Lava Jato. São casos diretamente relacionados às
empreiteiras e empresas contratadas pela Petrobras, ou desdobramentos destas
primeiras investigações que começaram há 6 anos.
Deste
total, 200 são inquéritos abertos pela polícia federal, que contam com a
atuação do MPF do Paraná, e outros 200 diretamente criados pelos procuradores.
Ainda de acordo com o jornal, os inquéritos incluem casos sob sigilo e
inéditos, envolvendo políticos que perderam o foro privilegiado, além das já conhecidas
táticas de delação premiada e modus operandi de investigação coercitiva da Lava
Jato em andamento.
Além
dos pedidos de afastamento do coordenador da força tarefa, Deltan Dallangol,
derrubadas de decisões da Lava Jato na última instância, o Supremo Tribunal
Federal (STF), as investigações em CPIs no Congresso contra o grupo, e as
revelações de irregularidades -já de conhecimento público-, o que está mais
evidente nos últimos meses é o atrito criado pela equipe liderada no passado
pelo ex-juiz Sérgio Moro e o atual procurador-geral, Augusto Aras.
“O modelo de forças-tarefas é usado no mundo
inteiro para investigar e atuar contra esquemas criminosos complexos. Um
procurador sozinho não dá conta de todo o trabalho. Os números mostram que o
modelo é eficiente e compensa”, saiu em defesa, o próprio ex-juiz Moro, à
Reuters.
A
Lava Jato de Curitiba ainda conta com 14 procuradores exclusivos atuando para
os casos e mais 45 servidores em auxílio, desde o dia 15 de março, de forma
remota.
Do
lado de Aras, contudo, não há confirmações sobre a necessidade de se manter
este pessoal. Isso porque há o conjutno de forças-tarefas no país e superior às
unidades do MPF, com procuradores nos 20 estados. Além disso, há custos
elevados para manter uma força-tarefa.
As
irregularidades nas formas de investigação da Lava Jato também são temas de
preocupação do procurador-geral, que já indicou que há apurações internas em
curso contra estes casos.
Do
GGN
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