O
inquérito sobre fake news é uma focinheira para o Bozo e a pretensa cassação da
chapa Bozo/Morão é a focinheira para esquerda.
Leprocracia.
Até segunda ordem, inventei esse termo para me referir à sociedade regida por
Moros, Marinhos, Malafaias, maçons e militares. Para não ficar só na letra M,
incluo Ratinhos e outros sobrenomes ditos “nobres” que dão suporte à miséria do
povo. São leprosos morais que norteiam a democracia necrosada de que falo.
Moro
simboliza a excrescência do judiciário. Marinhos e Ratinhos formadores de
opinião das elites, classe média e pobres. São produtores das cabeças aptas a
definirem uma eleição. A miséria e a corrupção são a galinha dos ovos de ouro
da “leprocaracia sejumoriana”. Vive do crime social e com ele se potencializa.
Das
trevas, por meios de seus TFA (Tríplice Abraço Fraterno), maçons (salvo
exceções) glorificam valores morais que (não) regem a leprocracia. Possui
tentáculos em qualquer microesfera de poder da leprosa República. Aliás, o vice
Mourão (tecla SAP do Bozo) é “príncipe do real segredo” e ostenta o grau 33.
Já
os militares. Ah, os militares (!), com baionetas apontadas para o povo e o fiofó
para a mira dos EUA (exceções silentes), são braços armados que garantem que a
leprocracia avance, se preserve, se recicle e se eternize. O importante é a
hierarquia, pois democracia é um cachorro livre para andar no limite da
coleira.
Eis
os tentáculos de nossa sociedade meritocrática, parte dela enfiada até o
pescoço em vários escândalos, entre quais o Caso Banestado – agora sabor
laranja Folha de S. Paulo. No centro, Dario Messer – o doleiro dos doleiros e
mito da Farsa Jato. Denunciou sem provas (mas com convicção) o líder do “Grupo
Januário” e a Globo.
A
leprocracia precisa críticos eloquentes para ter ares civilizados. Sob complexo
de Haiti, teme parecer Coréia, Cuba ou Venezuela. Daí precisar de Moro (herói
Zé Roela da Globo), Joice – que manda seus críticos à merda em francês –
igualzinho ao desembargador elitista e truculento de Santos (cloroquinista
antipandêmico).
–
E o que a piroca azul turquesa tem a ver com tudo isso?
No
Brasil os debates políticos não são feitos para conhecer as soluções que os
políticos têm para determinados problemas ou apresentarem propostas para serem
examinada pelo eleitor, que escolherá a melhor. Exemplo: pode o Brasil ser uma
sociedade com direitos ou sem direitos? Mais justa e igual? Como? Qual o custo?
Mas,
os candidatos são chamados para se defenderem das acusações que a imprensa,
Moros, procuradores da República e outros convictos fizeram contra eles, pouco
importando se mais tarde seriam absolvidos ou não. Os debates existem para
desqualificar os candidatos, assim como a Globo fazia com Lula, Dilma…
Foi
num debate assim na Inglaterra, só para detonar político, que um ursinho de
nome Waldo participou como debatedor só para avacalhar o outro convidado, o
qual reagiu dizendo: você nada propõe, só agride, envergonha a política. E ele
respondeu: “eu sou apenas um ursinho com a piroca azul turquesa” (1).
A
história da piroca azul viralizou igualzinho ao “Kit gay” do pilantra que ainda
ocupa a Presidência da República no Brasil, o qual sem propostas concretas, só
agredindo adversários e prometendo “acabar com tudo isso que está aí”, exibiu
seu “Kit gay”. Se pudesse, teria dito ser um ursinho fascista que tem uma
piroca azul turquesa.
Pois
bem. Há tempos um mineirinho andava sumido, mas apareceu adoentado em São
Paulo, perto da fraude eleitoral de 2018, só para votar no Bozo, “pois um voto
a menos poderia fazer a diferença”. Enfático e esclarecido como um espectador
do Ratinho, disse: “Não quero ter um filho gay. Meu voto é a salvação de meu
filho”…
O
mineirinho não viu “mamadeira com formato de piroca”, mas estava lá no “kit
gay” (que não viu). Mas, Bozo “teve a coragem” de mostrar no Jornal Nacional,
na edição que não assistiu, e na qual Bozo teria exibido o kit. “Aqui não é
Holanda, Cuba nem Venezuela”, disse cheio de convicções sem prova no melhor
estilo Moro/Globo/Veja.
É
duvidoso que nem os apresentadores do Jornal Nacional, nem a equipe de produção
tenham visto o Bozo acessar à bancada do JN com o tal kit, de forma que
repreender o então candidato soou falso. Só recentemente, para atacar Bozo, o
JN insinuou que o tal kit não existiu numa matéria sobre fake news. Tarde, não?
Eleição
da mentira, o Tribunal Superior Eleitoral reconheceu ter havido invasão da
página “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”. Mas, disse que isso não teve “o
condão de desequilibrar o pleito”. Velho truque: desqualifica acusações no
varejo e desconsidera o conjunto da obra. Ponto para a leprocracia sejumoriana.
Também
há pouco, parte da Corte Suprema sentenciou que Moro errou ao juntar e divulgar
delação premiada de Palocci, há seis dias das eleições. Tal delação, aliás,
fora rejeitada pelos savonarolas da Farsa Jato. Mas, o “Espírito do Tempo”
aceitou, e, não se sabe se o TSE vai achar se isso teve “o condão de
desequilibrar o pleito”.
Pelo
critério do TSE é difícil saber se o fato A ou B foi determinante para
desequilibrar a fraude eleitoral de 2018. Por exemplo, a agência Enviawhatsapps
teria sido contratada por “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas”
para fazer disparos para o candidato Bozo. Teria isso desequilibrado o pleito?
Foi legal?
Pensemos.
Golpe eleitoral de 2016. Aceitação e redenção de Michel Temer. Controle da
prisão e soltura de Lula, agenda do STF sob influência militar. Tentativa de
destruição do PT. Tudo isso faz parte de um mesmo caldo, enquanto a Justiça das
elites é o poder da República que mais falta às causas populares. Ah ah hurru!
O
caudilhismo das elites é o suporte da leprocracia como tal conhecida. O
inquérito sobre fake news é uma focinheira para o Bozo e a pretensa cassação da
chapa Bozo/Morão é a focinheira para esquerda. A vitória de Lula no STF e o
julgamento da parcialidade de Moro não passam de refrescos para o romantismo
petista.
Dos
militares ao STF, desses às elites, ninguém precisa propor ou explicar nada,
basta dizer que tem uma piroca azul turquesa e provocar gargalhadas. “Vocês são
todos iguais, e é culpa de vocês se a democracia virou uma piada e ninguém sabe
mais para que ser”, disse o ursinho Waldo…
1
– Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os
algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar
eleições. Giuliano Da Empoli – Ee. Vestígio
Armando
Rodrigues Coelho Neto – jornalista, delegado aposentado da
Polícia Federal ex-integrante da Interpol em São Paulo.
Do
GGN
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