sexta-feira, 10 de julho de 2020

AS AÇÕES DO MBL E O LAWFARE EM ANDAMENTO CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Há um lawfare em andamento, implodindo o direito à informação e a visão seletiva da mídia não é em defesa do jornalismo, mas apenas a defesa corporativa dos seus.
Há uma ofensiva perigosa do Poder Judiciário contra jornalistas que eles consideram adversários ou muito críticos. É uma enxurrada de ações, algumas sem propósito, outras com valores descabidos, outras meramente para consumir recursos e tempos.
É o caso do MBL. Tempos atrás escrevi sobre a tal Fundação da Lava Jato de Curitiba e seus propósitos políticos. Mostrei que seria possível montar uma banca com pouco investimento, posto que o MBL dizia ter gasto R$ 5 milhões na campanha.
Apenas isso. Bastou para que o bravo MBL me acionasse, sob o argumento de que teria afirmado que a Lava Jato o estaria financiando – um caso nítido de dificuldade de interpretação de texto. No texto, sequer avancei em ilações sobre as incontáveis dúvidas acerca do financiamento do MBL. Mesmo assim, uma bobagem dessas obriga a constituir advogado, a perder tempo escasso.
Agora, uma operação da Polícia Federal identifica suspeitas de desvio de recursos por parte do partido.
Em outro episódio, acusei o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel de praticar uma política genocida, pelo estímulo à morte por parte da polícia. Witzel me denuncia para a Polícia Civil, que vem bater à porta de casa. Agora, é alvo de um processo por estímulo ao genocídio.
Em outro episódio, o governador João Dória Jr entra contra um colunista, aciona o GGN e pede R$ 50 mil de indenização. Por conta própria, o juiz aumenta para R$ 100 mil.
Um caso de maior interesse da cidadania – a licitação da Zona Azul em São Paulo – foi deixada de lado por todos os grandes veículos, por envolver um grande financiador da mídia. Cumpri minha obrigação jornalística, denunciei o ocorrido e o resultado foram mais duas ações judiciais, uma civel, outra criminal.
Sem conta uma condenação de R$ 20 mil reais por “difamar” Eduardo Cunha, equiparando-o a um sonegador – na interpretação de um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Há um lawfare em andamento, implodindo o direito à informação e a visão seletiva da mídia não é em defesa do jornalismo, mas apenas a defesa corporativa dos seus.
Um dia levaram os negros, como eu não era negro, não me importei…
Do GGN

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