Há
um lawfare em andamento, implodindo o direito à informação e a visão seletiva
da mídia não é em defesa do jornalismo, mas apenas a defesa corporativa dos
seus.
Há
uma ofensiva perigosa do Poder Judiciário contra jornalistas que eles
consideram adversários ou muito críticos. É uma enxurrada de ações, algumas sem
propósito, outras com valores descabidos, outras meramente para consumir
recursos e tempos.
É
o caso do MBL. Tempos atrás escrevi sobre a tal Fundação da Lava Jato de
Curitiba e seus propósitos políticos. Mostrei que seria possível montar uma
banca com pouco investimento, posto que o MBL dizia ter gasto R$ 5 milhões na
campanha.
Apenas
isso. Bastou para que o bravo MBL me acionasse, sob o argumento de que teria
afirmado que a Lava Jato o estaria financiando – um caso nítido de dificuldade
de interpretação de texto. No texto, sequer avancei em ilações sobre as
incontáveis dúvidas acerca do financiamento do MBL. Mesmo assim, uma bobagem
dessas obriga a constituir advogado, a perder tempo escasso.
Agora,
uma operação da Polícia Federal identifica suspeitas de desvio de recursos por
parte do partido.
Em
outro episódio, acusei o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel de praticar
uma política genocida, pelo estímulo à morte por parte da polícia. Witzel me
denuncia para a Polícia Civil, que vem bater à porta de casa. Agora, é alvo de
um processo por estímulo ao genocídio.
Em
outro episódio, o governador João Dória Jr entra contra um colunista, aciona o
GGN e pede R$ 50 mil de indenização. Por conta própria, o juiz aumenta para R$
100 mil.
Um
caso de maior interesse da cidadania – a licitação da Zona Azul em São Paulo –
foi deixada de lado por todos os grandes veículos, por envolver um grande
financiador da mídia. Cumpri minha obrigação jornalística, denunciei o ocorrido
e o resultado foram mais duas ações judiciais, uma civel, outra criminal.
Sem
conta uma condenação de R$ 20 mil reais por “difamar” Eduardo Cunha,
equiparando-o a um sonegador – na interpretação de um desembargador do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro.
Há
um lawfare em andamento, implodindo o direito à informação e a visão seletiva
da mídia não é em defesa do jornalismo, mas apenas a defesa corporativa dos
seus.
Um
dia levaram os negros, como eu não era negro, não me importei…
Do
GGN
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