Partido
acusa o coordenador da Lava Jato de cometer crimes de prevaricação, abuso de
autoridade e condescendência criminosa com a cooperação ilegal com os Estados
Unidos.
Coordenador
da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol foi alertado sobre ilegalidade da
cooperação com com agentes do FBI, mas optou por agir fora da lei.
O
PT anunciou hoje (3) que entrou com representação na Procuradoria-Geral da
República (PGR) com três pedidos de investigação contra o coordenador da Lava
Jato, o procurador Deltan Dallagnol, e o grupo de procuradores da operação em
Curitiba. No documento, o partido denuncia acordo de cooperação ilegal firmado
entre a força-tarefa da Lava Jato e o FBI, a Polícia Federal dos Estados
Unidos. A parceria foi revelada em reportagens da Agência Pública, em
parceria com o The Intercept.
Os
advogados do PT Eugênio Aragão e Ângelo Ferraro afirmam que a Lava Jato atuou na
ilegalidade, desrespeitando a autoridade central do Ministério da Justiça, para
promover uma persecução penal direcionada e criminosa contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. A ação acusa Dallagnol pelos crimes de prevaricação,
abuso de autoridade e condescendência criminosa. Também foi apresentada ação
civil em primeira instância e representação pedindo instauração de processo
ético e disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A
ação é movida pela presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
“Desmascarados e desmoralizados, os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro terão
de enfrentar a Justiça”, afirmou Gleisi, em nota.
No
mesmo comunicado, Aragão disse que a atuação dos procuradores de Curitiba
mostram que a Lava Jato atuava na ilegalidade absoluta e fora de controle. “Ao
compartilhar informações de modo extraoficial com agentes americanos do FBI, a
força-tarefa desrespeitou a soberania nacional e utiliza, de forma ilegal,
dados sigilosos de empresas brasileiras”, criticou.
A
reportagem produzida pelo Intercept e veiculada pela Agência
Pública indica que agentes do FBI teriam atuado em investigações
realizadas no território nacional pela Lava Jato. O suposto intercâmbio entre
os procuradores e os agentes americanos é um escândalo e é alvo da denúncia do
PT ao procurador-geral, Augusto Aras. Aragão diz que o acordo da Lava Jato com
o FBI fere a soberania nacional e as instituições.
Segundo
o partido, a atuação da força-tarefa foi “absolutamente ilegal, desrespeitando a
autoridade central do Ministério da Justiça, para promover uma persecução penal
direcionada e criminosa”. Essa movimentação ocorre em meio a trocas de
acusações entre a PGR e os procuradores da Lava Jato de Curitiba que têm
ocorrido nos últimos dias, além da reportagem do Intercept Brasil em
parceria com a Pública.
Da
RBA
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