Paulo
Teixeira (PT-SP) afirmou que, além de “bisbilhotar” e “chantagear”,
procuradores contribuíram para a destruição da indústria da construção civil.
Comandada por Dallagnol, Lava Jato de Curitiba tem 350
terabytes em dados sigilos
Após
o procurador-geral da República, Augusto Aras, revelar que a Operação Lava Jato,
em Curitiba, possui “documentos encobertos” de cerca de 38 mil pessoas, o
deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) defende a criação de Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar esse e outros abusos cometidos
pelos procuradores. “A Operação Lava Jato virou um Estado paralelo, que tem um
projeto político”, afirmou em entrevista ao Jornal Brasil Atual,
nesta sexta-feira (31).
Segundo
Aras, a Lava Jato tem mais de 350 terabytes em dados sigilos, enquanto
todo o restante do Ministério Público Federal conserva em torno de 40
terabytes. Para Teixeira, é sinal de que os procuradores atuam para
“bisbilhotar” a vida das pessoas. “E não só bisbilhotar, mas chantagear.”
Teixeira
citou, por exemplo, o caso do advogado e doleiro Rodrigo Tacla Duran. Ele acusa o advogado Carlos Zucolotto de ter recebido US$
5 milhões para ajudá-lo a obter vantagens no acordo de delação. Zucolotto é
amigo íntimo do ex-juiz Sergio Moro.
Além
da espionagem indevida, Teixeira afirma que a Lava Jato entregou dados de
empresas brasileiras aos Estados Unidos. E, ainda, praticou a troca de
informações, fora dos parâmetros legais, com o Ministério Público da Suíça.
“Destruiu a indústria da construção pesada e foi responsável por uma queda
expressiva no PIB. Tudo isso indica a necessidade de ter uma CPI da Lava Jato”,
afirmou o deputado
Entulho
autoritário
O
parlamentar também é autor do projeto de lei (PL) que pretende revogar a Lei de Segurança Nacional (LSN). No
lugar dessa legislação – anacrônica e autoritária –, o parlamentar propõe a
criação da Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito. O governo
Bolsonaro tem frequentemente tentado intimidar opositores com a LSN, como já
fez contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
cartunista Aroeira, o jornalista Hélio Schwartsman e o ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por
outro lado, a nova legislação prevê punições para aqueles que fizerem apologia
da ditadura ou tentarem ameaçar as instituições democráticas. Ademais, as penas
são agravadas no caso de funcionários públicos, como forma de inibir o golpismo
de parte dos integrantes das Forças Armadas.
Da
RBA
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