A Folha revela como é, sim preciso um forte movimento
antifascista no Brasil, ao mostrar a absurda investigação contra 579 servidores
federais e estaduais de segurança e alguns professores universitários que
fariam parte de uma corrente de opinião antifascista e que, aliás, não são
acusados – nem acusáveis – de nada, exceto de ter pensamentos antitotalitários.
É
o senhor André Mendonça – no mesmo dia em que é exposto como facilitador do
desvio de armas da Força Nacional de Segurança, ao revogar a exigência de que
tivessem (como já era exigido antes) um chip de identificação resistente à fraude
de raspagem do número no seu chassis, promovendo uma investigação ilegal, que
centraliza e distribui aos núcleos que quiser (será que algum paralelo?) a
relação dos “malditos” servidores que ousam ser a favor da democracia.
Há
também, no dossiê do Dops do Ministério, referências a três conhecidos
professores universitários, todos com passagens respeitáveis em instituições
públicas: Paulo Sérgio Pinheiro, (ex-secretário nacional de direitos humanos no
governo de FHC); Luiz Eduardo Soares ( secretário nacional de Segurança Pública
no primeiro governo Lula) e Ricardo Balestreri (ex-presidente da Anistia
Internacional no Brasil).
Tudo
é citado em bobagens como esta:
“Verificamos
alguns policiais formadores de opinião que apresentam número elevado de
seguidores em suas redes sociais, os quais disseminam símbolos e ideologia
antifascistas”.
Ora,
antifascismo é obrigação de qualquer democrata, que se recusa adotar
supremacismos raciais, agressões aos direitos humanos, discriminação de
pessoas, métodos truculentos de ação política e tudo o mais que representa o
fascismo.
Mas,
como Bolsonaro acha que antifascistas são “marginais e terroristas”, embora a
eles não tenha sido atribuído algum crime ou ameaça, lá foram os esbirros do
ministro “terrivelmente evangélico” produzir um “dossiê araponga”, certamente
com uma bem nítida cópia para os fascistas que zumbem em volta do governo.
Do
Tijolaço
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