Os
generais governistas estão incomodados com o que disse Gilmar Mendes ao falar
que o Exército Brasileiro está sofrendo um desgaste de imagem com a ocupação do
Ministério da Saúde durante a pandemia e que, por isso, serão associados ao
genocídio, deveriam passar em revista ao que se fez desde que assumiram o
comando (?) da política sanitária do país.
Qual
foi a primeira providência do general Eduardo Pazuello ao assumir o Ministério
da Saúde? Baixar um protocolo de uso da cloriquina que só tinha como aval
“científico” a opinião de Jair Bolsonaro e de Donald Trump.
Logo
a seguir, tentou-se o “apagão” de dados estatísticos, uma manobra tola e
fracassada, que não resistiu três dias e se desmanchou como a tolice que era.
O
que mais fez o general?
Formulou
alguma política de ‘lockdown’? Formulou uma politica de reabertura das
atividades sociais? Estabeleceu uma política de testes que permitisse um
critério claro e transparente de avaliação da evolução da doença que desse
Norte ao seu combate? O que mais além de algum trabalho de distribuição de
equipamentos de proteção individual e de respiradores? Fosse assim, seria
melhor termos uma transportadora e não um ministério.
Recomenda-se,
então, aos militares que se queixam das opiniões de Gilmar Mendes, que revisem
seus próprios atos, que não têm sido tratados como algo que o próprio
comandante do Exército, general Edson Pujol, disse ser “a missão de nossa
geração”.
Se
é mesmo isso, general, os senhores a estão perdendo – e feio – a batalha. E sem
a decência de saber recuar, reagrupar e fazer a coisa certa.
Ainda
bem que o nosso inimigo, nesta guerra, é um vírus que, embora letal, não
raciocina. Porque com generais assim, nem é guerra: é genocídio.
Do
Tijolaço
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