Rubens
Valente, em sua coluna no UOL, dá a partida no esclarecimento
do que está fadado a ser um dos maiores escândalos do governo Bolsonaro, com
direito a respingar sobre o ex-ministro Sergio Moro, com a ciência de que se
formou, no ministério da Justiça, uma polícia política destinada a espionar
pessoas por “crimes de opinião”, um “Dops
bolsonarista“, com um grupo de arapongas montado para espionar opositores
políticos do atual presidente.
Ele
aponta que, no decreto com que Jair Bolsonaro e Sérgio Moro reestruturaram o
Ministério, deu-se à Secretaria de Operações Integradas o poder de “estimular e
induzir a investigação de infrações penais, de maneira integrada e uniforme com
as policias federal e civis” que, todos pensaram, seria uma espécie de coordenação
entre polícias estaduais e federais, como acontecia antes. Moro chegou a
anunciar que ela agiria contra as ações do crime organizado de dentro dos
presídios.
Entretanto,
aponta Valente, logo após o sr. Jair Bolsonaro ter chamado os que se declaravam
“antifascistas”de “marginais e terroristas” , a Siopi passou a agir como se
fosse ela própria um órgão policial, fazendo investigações sobre servidores
públicos e professores, usando para isso órgãos das polícias federais e
estaduais, para o que não tem poder.
É
evidente que isso irá parar no Supremo Tribunal Federal e o desfecho é óbvio: a
anulação de todos os procedimentos e a responsabilização de quem os determinou.
E,
neste caso, o bode expiatório possível é o próprio Ministro André Mendonça, que
com isso lançará fora suas chances de tornar-se o ministro terrivelmente
evangélico do STF. Vai purgar as culpas do verdadeiro mandante: Jair Messias
Bolsonaro.
Não
será o único, outros virão, nem todos de paletó e gravata.
Do
Tijolaço
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