Gilmar
deve retomar o julgamento quando a Corte já possa voltar a julgar ações
presencialmente, no final deste ano ou em 2021.
Foto:
Marcelo Camargo/Ag. Brasil
Depende
do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retomar o
julgamento que pode anular todas as condenações feitas pelo ex-juiz da Lava
Jato, Sérgio Moro. O pedido de suspeição do ex-magistrado de Curitiba e
ex-ministro de Jair Bolsonaro está suspenso por um pedido de vista há um ano e
meio e poderá voltar a julgamento a qualquer momento.
De
acordo com matéria
da Veja, a propensão do ministro é de retomar o julgamento quando a Corte
já possa voltar a julgar ações presencialmente. Segundo a revista, para Gilmar,
casos sensíveis e de peso como esse precisam de uma sessão plenária presencial.
Ainda,
há em análise o fato de atualmente o placar poder estar favorável para Moro,
uma vez que Edson Fachin e Cármen Lúcia já terem votado contra a suspeição do
então juiz, em dezembro de 2018. Em novembro, o decano do Supremo, Celso de
Mello, será aposentado compulsoriamente, ao completar 75 anos, e será
substituído por um nome escolhido por Bolsonaro.
Apesar
das apreensões do STF contra o atual comando do Executivo em outros temas,
Bolsonaro vê Sérgio Moro como um inimigo declarado e seu indicado ao posto do
Judiciário poderá dar a derrota ao ex-juiz como suspeito.
Pelo
fato de as sessões presenciais serem retomadas somente no final deste ano ou em
2021, o julgamento de Sérgio Moro deverá retornar à pauta do STF nesse mesmo
período. Até lá, contudo, outras situações poderão impactar na decisão, como
pressões do antigo eleitorado de Jair Bolsonaro, que apoiam Moro, sobre a
escolha do próximo ministro.
Do
GGN
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