Em
geral, as variações do dólar e das ações refletem a liquidez do momento (ou
seja, maior disponibilidade de recursos no mercado), movimentos externos, e
eventualmente alguma medida interna de impacto. Mas refletem exclusivamente
movimentos de curtíssimo prazo do mercado.
A
cobertura jornalística financeira no país ainda continua muito primária, sem
diferenciar os diversos tipos de investimento externo no país, ou a natureza do
capital financeiro.
O
capital financeiro é virtuoso quando permite ampliação da capacidade de
produção de um país. Ou seja, quando financia mais empresas, mais obras,
gerando mais produção, emprego e tributos.
Há
vários mercados de atuação do capital financeiro:
1.
Operações de curto prazo no mercado de ações.
2.
Operações de arbitragem com juros e câmbio. Ou seja, adquirir títulos públicos
em determinado momento e apostar na apreciação do câmbio. O Banco Central
aumenta os juros e entra mais capital externo. O dólar é convertido em reais,
que é engordar pelos juros dos títulos adquiridos. Com mais entrada de dólares,
há uma apreciação gradativa do real. A valorização do real implica em ganhos
para quem entrou com dólares, pois permitirá comprar mais dólares na saída do
que trouxe.
3.
Fusões e aquisições, adquirindo empresas já existentes, sem acrescentar novos
investimentos.
4.
Investimentos e financiamento de novos setores.
Das
quatro atividade, a única que agrega riqueza ao país é a quarta, investimentos
e financiamentos de novos setores. Portanto, a medida econômica virtuosa é
aquela que estimula o investimento produtivo, na ampliação da capacidade
instalada.
Em
geral, as variações do dólar e das ações refletem a liquidez do momento (ou
seja, maior disponibilidade de recursos no mercado), movimentos externos, e
eventualmente alguma medida interna de impacto. Mas refletem exclusivamente
movimentos de curtíssimo prazo do mercado.
A
política virtuosa para investimentos produtivos é aquela que estimula o aumento
da atividade interna. Aumentando, abre-se espaço para novos investimentos.
No
entanto, há tempos, a atividade preferencial dos investimentos
financeiros, em nível global, além das operações de curto prazo em bolsas
de valores ou em câmbio, é a compra de empresas e as fusões.
Dias
atrás, o Financial Times desbastou o balanço do Goldman Sachs, um dos maiores
bancos de investimento do mundo. No segundo trimestre do ano, o melhor
desempenho do banco foi na unidade de gestão de ativos.
A
receita total foi de US$ 15,4 bilhões, 16% a mais em relação ao ano anterior, e
bem mais do que as previsões de US$ 12,4 bilhões de resultado.
O
lucro por ação saltou de US$ 0,53 para US$ 15,02 – um salto estelar. US$ 1,59
bilhão foi reservado para perdas potenciais em empréstimos, devidos à crise do
coronavirus.
O
fundo de ativos da Goldman inclui seu fundo para investimentos em private
equity, para aquisições. A receita foi de US$ 5,1 bilhões, 144% a mais do que
no ano anterior.
O
grande impulso foram as operações de fusão e aquisição. Já a receita com
operações de mercado foram de US$ 4,9 bilhões. No início da pandemia, essa
carteira rendeu bastante, graças à volatilidade dos mercados com a pandemia,
ninguém sabendo quem iria sair vivo fui mais forte. Com a estabilização, há uma
redução da volatilidade e, por tabela, dos resultados dos agentes mais
profissionais.
GGN.
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