A
CPI da Covid, diante da possibilidade de uma nova sessão de “cinema mudo”, como
a exibida ontem com o “depoimento” silencioso do sr. Carlos Martins – Wizard não
é parte de seu nome, mas a marca dos cursos de inglês que vendeu há sete
anos, o que provocou protestos da marca – antecipou para
hoje o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, policial militar mineiro
que diz ter recebido um pedido de Roberto Ferreira Dias, diretor exonerado do
Departamento e Logística do Ministério da Saúde, para acrescentar um dólar de
propina numa suposta compra de 400 milhões de doses da vacina Astrazêneca numa
oferta paralela à do laboratório anglo-sueco.
No
cronograma anterior, seria a vez de Francisco Maximiano, dono da também
suspeitíssima Precisa Medicamentos, intermediária da frustrada compra de 20
milhões de doses – e com mais 60 milhões delas planejadas -, mas este
provavelmente ficaria em absoluto silêncio, com o habeas corpus concedido
ontem pela ministra Rosa Weber.
A
esta altura – e sobretudo depois do surgimento da “bomba” Luís Miranda – está
claro que se está mergulhando num submundo imundo que tenho comparado a um
esparramo de baratas quando se abre uma tampa de esgotos.
É
preciso cuidado redobrado, porque o mercado “paralelo” de vacinas, aquele mesmo
que era buscado para “iniciativa privada”, alegando que isso era para “ajudar o
Brasil” é um antro de picaretagem e de espertalhões.
Sim,
é preciso expô-lo, ainda mais quando se trata de evidenciar o que faz um
governo bandido a ponto de não se importar com a vida de centenas de milhares
de brasileiros. E, como no velho latinismo Simila Similibus Curantur,
também só se descortina a bandidagem com as brigas entre ela.
Daqui
a pouco vamos ver como isso acontece, numa sessão da CPI que tem tudo para ser
explosiva.
Tijolaço.
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