O
pastel de carne seca do boteco aqui ao lado subiu de preço, a consulta do
dentista aumentou e o camelô do pão de forma, de quem sou freguês, também
reajustou.
Tudo
isso hoje, no “extraoficial”, mas teve dos aumentos “brabos” também entre
aqueles que saem no jornal: o da eletricidade, na quinta, e hoje o da gasolina,
do diesel e do gás de botijão.
Começa-se
a perceber o efeito perverso de uma inflação significativa – neste momento,
mais de 8% no acumulado em 12 meses: a tendência aos preços “pulverizados”
também serem reajustado e, neste caso, com pouca parcimônia: para aumentar
estes itens, a coisa é logo para lá de 5 ou 10%.
As
expectativas das instituições financeiras para a inflação já subiram para 6,1%
no ano e, francamente, isso é otimismo. A inflação de julho, conhecida em
agosto, vai ficar perto dos 10% e isso, mesmo com a retração da renda da
população, desencadeia um processo de remarcações de preços difícil de ser
administrado, mesmo com um comportamento menos agudo da inflação de alimentos.
Sem
contar o fato de que temos gargalos em todas as áreas da indústria, desde a
falta de componentes até a alta de todos os materiais intensivos em ferro e
aço, que já estão apertando o colarinho da indústria de construção civil, a que
mais bem vinha se recuperando e levando o pouco alento que se conseguia no
emprego.
Custos,
preços e inflação bem se poderiam chamar de a outra sigla CPI que está
corroendo a popularidade de Jair Bolsonaro.
Tijolaço.
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