Ciro
Gomes. Reprodução
Ciro
Gomes disse ontem a Roberto D’Avila, na GloboNews, que não fugiu para Paris e
que votou em Fernando Haddad em 2018. Afirmou que só o que ele não fez foi
campanha para Haddad.
Ciro
disse, em tom de apelo, que não quer mais ser conhecido por frases infelizes e
adjetivos fortes, porque chegou agora à maturidade. Não é maios o homem do
pavio curto.
Lula
e Bolsonaro, segundo ele, se dedicam ao mesmo modelo de gestão do Brasil. Ele é
o novo, e Lula é o velho.
Repetiu
que “Lula é o maior corruptor da história moderna brasileira”. E que ele, Ciro,
tem “mais conteúdo para repartir numa palestra do que o Lula”.
D’Avila
perguntou com quem ele tem conversado. E Ciro disse que conversa com
presidentes dos maiores bancos e dos grandes conglomerados. Nessa ordem.
Não
contou se conversa com alguém do povo, sindicatos, entidades, índios, ONGs. Só
citou os os banqueiros e os conglomerados e, genericamente, disse que conversa
com todo mundo que queira ajudar o Brasil.
Ciro
acha que Bolsonaro, que ele define como criminoso, está transformando parte dos
militares e das polícias em partido armado.
Ciro
tentou se apresentar como outro homem, mas sem saber dizer direito que homem é
esse. O novo Ciro Gomes, que se apresenta como a terceira via, é um sujeito
dependente do velho Ciro Gomes.
Desde
o início, Ciro bateu forte na direita e na esquerda, porque pretende, como
admitiu, conquistar esse centro difuso e nebuloso que é a direita encabulada.
Sim,
essa direita é importante para a democracia, é decisiva para a governabilidade
em qualquer país, mas é direita.
O
ex-tucano desistiu de se apresentar como alguém de esquerda e fez força para
empurrar essa tarefa para Lula. Ciro não quer mais saber de rótulos que o
incomodem.
Ciro
parece mesmo querer ser um novo Geraldo Alckmin, com a diferença de que Alckmin
não odeia tanto Lula, o PT, o PSOL e o PCdoB, depreciados em tom de deboche por
ele na entrevista.
E
tem quem ainda ache que Ciro é trabalhista e brizolista.
DCM.
0 comments:
Postar um comentário