Pesquisa
mostra o crescimento da insegurança alimentar no país, são 125 milhões de
pessoas que não sabem se irão comer.
Entre
as famílias que enfrentam insegurança alimentar, 66,8% são chefiadas por
pessoas pretas e 73,8% são mulheres - Reprodução.
Levantamento
divulgado pelo Food for Justice – Power, Politics and Food Inequality in a
Bieconomy, da Universidade Livre de Berlim, em parceria com pesquisadores
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Brasília
(UNB), mostra que 13,6% dos brasileiros com mais de 18% passaram ao menos um
dia sem refeição, entre os meses de agosto e outubro de 2020.
A
pesquisa que foi feita com 2 mil pessoas, entre novembro e dezembro de 2020,
mostra que a insegurança alimentar - que atingia 36,7% das famílias
brasileiras em 2018 - chegou a 59,4% dos domicílios. Ainda de acordo com o
estudo, 6 em cada 10 residências brasileiras tiveram dificuldade para
organizar, ao menos, três refeições diárias.
Os
pesquisadores perguntaram se, entre os meses de agosto e outubro, algum dos
entrevistados havia comido menos nas refeições porque não havia dinheiro para
comprar comida, 24,4% afirmaram que sim.
Ao
todo, 125 milhões de brasileiros enfrentam alguma forma de insegurança alimentar. Seja a redução no número
de refeições ou a redução da quantidade de comida no prato, para garantir que
não passaria fome em outro momento.
Entre
as famílias que enfrentam insegurança alimentar, 66,8% são chefiadas por
pessoas pretas e 73,8% são mulheres. Nesses lares, a renda familiar não passa
dos R$ 500, o que reforça a importância do auxílio emergencial. Nas casas que
são assistidas pelo auxílio emergencial, 74,1% não tinham certeza se fariam uma
refeição no dia.
Nas
famílias que enfrentam insegurança alimentar, houve uma queda de 44% no consumo
de carne, 40,8% na compra de frutas e 17,8% no uso de ovos nas refeições.
Brasil de Fato.
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