Suspendeu
a aplicação do decreto de Jair Bolsonaro que permitia a formação de “pelotões”
milicianos, sob a chefia de um “caçador, atirador desportivo ou colecionador”
(CAC), que passaria a poder comprar até 60 armas e até 180 mil munições e 20 kg
de pólvora para recarga de cartuchos.
Alguém
pode acreditar que este arsenal é para repelir o gatuno que pula o muro de uma
casa?
Segundo
a ministra, “os CACs registrados no Comando do Exército já superam o número
de 400 mil pessoas”.
Em
tese, quase 25 milhões de armas de grosso calibre poderiam ser legalmente
compradas, com os decretos de Bolsonaro, além de bilhões de cartuchos e
toneladas de pólvora.
Se
10% for usado para armar grupos paramilitares, temos gente suficiente para
formar várias divisões de Exército.
O
palerma que preside o Senado da República, com seu discurso de “paz e união”
hipócrita havia protelado sine die a votação dos decretos
legislativos que visava impedir esta monstruosidade.
Os
generais do Exército, a quem incumbe o monopólio de possuir força bélica nesta
escala, também ficaram quietinhos.
Esperem
a reação de Jair Bolsonaro. Ele não vai esconder que pretender criar um
exército paralelo, com aquele discurso do “povo armado jamais será
escravizado”.
Não
será uma liminar do STF que impedirá o plano de formação de milícias com armas
pesadas para controlar o país.
Bolsonaro
vai subir de tom, pode esperar.
O
Brasil está sendo sugado pelo torvelinho de uma crise institucional sem
precedentes.
Tijolaço.
0 comments:
Postar um comentário