José
de Freitas Faria Dutra, conhecido apenas como José Dutra, há vários dias
convalescia em um leito de hospital na capital maranhense, onde morava na
companhia de alguns de seus filhos, como José Cláudio, Claudionor e outros.
Dutra adoeceu em razão de uma queda que levou numa escada, em que lhe
inutilizou o fêmur, foi hospitalizado para corrigir a tal fratura, no momento
aguardava por uma cirurgia, mas a situação se agravou também por causa da idade
avançada, ontem precisou de maiores cuidados, no que fora levado para Unidade
de Terapia Intensiva - UTI, mas não resistiu, vindo a óbito hoje por volta das
06 horas da manhã, 22/06.
O
corpo do velho Edil será trasladado para o interior, e sairá de São Luís às 15 horas, Dutra será
velado em sua terra natal em Buriti de Inácia Vaz, na residência de sua
sobrinha a professora Candinha mulher do senhor Deusaniro, na Rua Cel. Lago
Júnior, centro da cidade, com isso a previsão do sepultamento ficou para
amanhã, quarta-feira 23, no Cemitério Municipal São José, às 12 horas.
José
Dutra além de Vereador com o último mandato ocorrido no início da década de
1970, fora também um grande comerciante, tendo como sede o povoado Belém, era
senhor daqueles domínios, ao alienar aquelas terras a outros donos mudou-se
para cidade, viveu um bom tempo em Buriti, morou em Teresina, no Estado do
Piauí, em Brasília cidade em que acolhe boa parte dos Dutra. Atualmente José
Dutra vivia na Ilha do amor, como os maranhenses gostam de chamar carinhosamente São Luís do
Maranhão.
José
Dutra era um cidadão autêntico, cumpridor de seus compromissos, fisicamente se
parecia muito com seu irmão Antonio Dutra ex-prefeito, morto em 2014, da mesma
forma, rivalizavam-se em número de filhos, José foi muito namorador, um
bonachão, bebia, fumava, gostava de festas, sofreu, mas se divertiu muito, um
pé de valsa como o mano, teve inúmeros filhos com mulheres diferentes da sua
esposa, já falecida.
Corre
a versão impressa na memória coletiva dos buritienses, que Zé Dutra era um
exímio jogador de cartas, com ele o parceiro não podia pestanejar, devia ter
“um olho no peixe e outro no gato”, do contrário passava batido, depois saia
zombando do intrépido “vacilão” que não percebera sua artimanha. Mas a vida não
fora só de galhardia para esse varão, ela lhe pregara grandes peças também. Zé
Dutra deixa muitos filhos, netos e bisnetos.
Dizem
ainda, que Dutra ao fazer a corte para certa dama à época se deu mal. Marcara
com uma delas para se avistarem altas horas da noite em sua casa, vez que ao adentrar a
alcova da pretendente, havia uma perua choca daquelas bem valentes num dos
cantos do quarto, como o ambiente era escuro ele não percebeu sua algoz, logo
no primeiro passo a dentro a perua lhe desferiu uma violenta bicada no pé, no
que Dutra corre para fora, exclamando: “quii.., quii... me acuda, me acuda, uma cobra me
mordeu”, e ele que era gago já se ver como foi o drama.
Vá
com Deus grande José Dutra, a vida é um fardo pesado, mas deve ser enfrentado
como se leve fosse. A nossa solidariedade, os nossos pêsames aos sentimentos da
família Dutra, aos amigos e a comunidade buritiense que perde mais uma memória
relevante de seu povo.
Reginaldo Veríssimo
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