terça-feira, 22 de junho de 2021

EX-VEREADOR DE BURITI DE INÁCIAVAZ JOSÉ DUTRA FALECEU ESTA MANHÃ EM SÃO LUÍS MARANHÃO AOS 94 ANOS DE IDADE

José de Freitas Faria Dutra, conhecido apenas como José Dutra, há vários dias convalescia em um leito de hospital na capital maranhense, onde morava na companhia de alguns de seus filhos, como José Cláudio, Claudionor e outros. Dutra adoeceu em razão de uma queda que levou numa escada, em que lhe inutilizou o fêmur, foi hospitalizado para corrigir a tal fratura, no momento aguardava por uma cirurgia, mas a situação se agravou também por causa da idade avançada, ontem precisou de maiores cuidados, no que fora levado para Unidade de Terapia Intensiva - UTI, mas não resistiu, vindo a óbito hoje por volta das 06 horas da manhã, 22/06.

O corpo do velho Edil será trasladado para o interior, e sairá de São Luís às 15 horas, Dutra será velado em sua terra natal em Buriti de Inácia Vaz, na residência de sua sobrinha a professora Candinha mulher do senhor Deusaniro, na Rua Cel. Lago Júnior, centro da cidade, com isso a previsão do sepultamento ficou para amanhã, quarta-feira 23, no Cemitério Municipal São José, às 12 horas.

José Dutra além de Vereador com o último mandato ocorrido no início da década de 1970, fora também um grande comerciante, tendo como sede o povoado Belém, era senhor daqueles domínios, ao alienar aquelas terras a outros donos mudou-se para cidade, viveu um bom tempo em Buriti, morou em Teresina, no Estado do Piauí, em Brasília cidade em que acolhe boa parte dos Dutra. Atualmente José Dutra vivia na Ilha do amor, como os maranhenses gostam de chamar carinhosamente São Luís do Maranhão.

José Dutra era um cidadão autêntico, cumpridor de seus compromissos, fisicamente se parecia muito com seu irmão Antonio Dutra ex-prefeito, morto em 2014, da mesma forma, rivalizavam-se em número de filhos, José foi muito namorador, um bonachão, bebia, fumava, gostava de festas, sofreu, mas se divertiu muito, um pé de valsa como o mano, teve inúmeros filhos com mulheres diferentes da sua esposa, já falecida.

Corre a versão impressa na memória coletiva dos buritienses, que Zé Dutra era um exímio jogador de cartas, com ele o parceiro não podia pestanejar, devia ter “um olho no peixe e outro no gato”, do contrário passava batido, depois saia zombando do intrépido “vacilão” que não percebera sua artimanha. Mas a vida não fora só de galhardia para esse varão, ela lhe pregara grandes peças também. Zé Dutra deixa muitos filhos, netos e bisnetos.

Dizem ainda, que Dutra ao fazer a corte para certa dama à época se deu mal. Marcara com uma delas para se avistarem altas horas da noite em sua casa, vez que ao adentrar a alcova da pretendente, havia uma perua choca daquelas bem valentes num dos cantos do quarto, como o ambiente era escuro ele não percebeu sua algoz, logo no primeiro passo a dentro a perua lhe desferiu uma violenta bicada no pé, no que Dutra corre para fora, exclamando: “quii.., quii... me acuda, me acuda, uma cobra me mordeu”, e ele que era gago já se ver como foi o drama.

Vá com Deus grande José Dutra, a vida é um fardo pesado, mas deve ser enfrentado como se leve fosse. A nossa solidariedade, os nossos pêsames aos sentimentos da família Dutra, aos amigos e a comunidade buritiense que perde mais uma memória relevante de seu povo.

Reginaldo Veríssimo

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