Foram
interessantes, como divulgação científica, os depoimentos do médico Cláudio
Maierovitch e da microbiologista Natalia Pasternak.
Mas
a verdade científica, a esta altura, está tão patente que é desnecessário
repeti-la.
A
questão é o quanto se manipulou a pandemia, com a omissão dos atos devidos de
defesa da saúde da população: isolamento social, estímulo ao uso de máscaras e,
sobretudo, desídia e procrastinação na compra de vacinas. Ainda, se e quanto
representou em ganhos e vantagens, ainda que só sejam políticas, do que duvido
e vários indícios apontam.
A
CPI é política e só mesmo os negacionistas – e não negam por negar, mas com
intenções evidentes – tentam desvirtuá-la em uma “escolinha do professor
Raimundo” sobre fármacos.
Esta
é a questão: o julgamento político do cumprimento ou descumprimento com os
deveres do cargo pelo presidente da República, do ministro da Saúde e dos que,
como autoridades sanitárias acumpliciaram a políticas que nos levaram à beira
do meio milhão de mortos.
Por
isso, o fato mais importante do dia foi a aprovação da formação de um grupo de
juristas para cuida da tipificação e enquadramento dos crimes – de
responsabilidade e de natureza penal.
Neste
sentido, o requerimento do senador Alessandro Vieira (que deixou o Cidadania
depois que o partido desistiu da ação no STF contra o chamado “orçamento
secreto” do governo federal) é o ato concreto que se precisava tomar, de certa
forma antecipando o que serão as conclusões do relatório da Comissão e que o
país terá de pressionar a dolente Procuradoria Geral da República de Augusto
Aras.
O
resto é deixar que a escumalha governista siga brincando de “democracia na
ciência”, como se pudéssemos decidir se a terra é redonda ou plana, com uma
votação da plateia, como num programa do Chacrinha.
Tijolaço.
0 comments:
Postar um comentário