Quem
perde a capacidade de se indignar é por que antes perdeu a dignidade.
O
Brasil está cheio de gente que, infelizmente, parece estar nesta situação.
“Vamos
fazer um estudo”, “abrimos uma apuração rigorosa”, “tomamos as providencias
cabíveis”, “vamos criar uma comissão de especialistas”…
Quantas
vezes o distinto leitor vê estas platitudes sendo ditas como se fossem reações
adequadas diante de monstruosidades, que ceifam a vida de pessoas?
E,
com a pandemia, não de “pessoas”, assim, vago. Não, de milhares de pessoas a
cada dia, de dezenas de milhares a cada Mês, de centenas de milhares de peaaos
em menos da metade de um ano?
Vejo,
na televisão, comentaristas dizerem que a decisão de Bolsonaro de forçar o
Ministério da Saúde, o do “um tal Queiroga”, é “uma temeridade”, “um perigo”.
Não,
não é, é um assassinato em massa.
Será
que farão um estudo para saber quantos dos obnubilados pelo fanatismo estarão,
amanhã, nas ruas, deixando de usar máscara, porque o energúmeno que nos preside
assim recomendou? E quantos, em função disso, contrairão a doença e morrerão?
Ainda
que seja um só, é um homicídio, porque assume-se o risco de provocar a morte.
Cada
um que permanecer tolerante aos boçais que empalmaram o poder terá que pagar
pelo que está fazendo.
Há
uma conspiração da morte com finalidades políticas em curso em nosso país e não
mais se pode aceitar que se alegue que “eu sou técnico” para isentar-se de
responsabilidade, porque estamos diante da aniquilação em massa de brasileiros
e de brasileiras.
Estar
no Governo é estar no projeto genocida de Bolsonaro, porque ele não governa,
faz apenas a sua politica de radicalismo e de extermínio. E se foi, com isso, a
legitimidade de sua eleição: não lhe deram um voto para provocar o morticínio
de meio milhão de brasileiros.
Por
onde se olhe, de Queiroga a Paulo Guedes, dos generais da ativa e da reserva
que estão no governo, todos estão apenas para gozar de postos e benesses para
si, sem nenhum projeto para o país e, ainda pior, aceitando que ele seja
desmantelados, inclusive pelo ceifar de vidas.
Quem
tergiversar, não espere que o país, amanhã, não o trate como um traidor da
Pátria e um assassino de brasileiros.
Tijolaço.
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