Uma
destas “Avenidas”, todo mundo está vendo, até porque a grande mídia, desta vez,
não fez o boicote de noticiário que ensaiou no dia 29 de maio,. É um mar de
gente, de se ombrear com das maiores que aquelas pistas diante do Masp já
viram. lotando, conforme a avaliação, entre 10 e 15 quarteirões, nas duas
pistas.
A
outra Paulista, vazia hoje, é a Avenida do dinheiro e do poder econômico, a de
gente que, não raramente, acha que é possível fazer um país dar lucro contra o
seu povo.
As
duas avenidas estão em confronto.
Uma
segue engordando; a outra, está perdendo pais, mães, filhos, amigos.
E
representa ali a outra, que come com cada vez menos – é menos, Paulo Guedes, é
quase o alumínio das quentinhas e não as sobras que você vê restarem no seu
prato.
A
Avenida Paulista de hoje mostra, de graça, o que a outra Paulista, pagando a
peso de ouro, encomenda a seus consultores: que este governo – embora não
importe a eles que seja selvagem, imbecil e tosco – não tem condições de sobreviver.
A
outra é a a avenida das motocicletas possantes e luxuosas, mantidas como hobby e
afirmação máscula.
A
Paulista de hoje é também é uma afirmação: a de o Brasil quer se livrar deste
governo.
Quando
um país quer derrubar seu governo, isso acontece, seja ou não pela via
eleitoral.
O
controle do Legislativo dá a Bolsonaro a quase certeza de que não enfrentará um
pedido de impeachment, que poderia, até, ganhar muita força.
Não
há perspectiva de que isso possa acontecer em pouco tempo e, entrando num ano
eleitoral, impeachment torna-se um pleonasmo, diante das urnas.
Nelas,
importa a Paulista de hoje. As “Paulistas” que encheram ruas cariocas,
mineiras, gaúchas, pernambucanas…
Resta
saber se a outra Paulista quer seguir até o fim com o monstro que criou e ser
devorada pelo desastre em que ele se transformou.
Tijolaço.
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