O
Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas divulgou um estudo avaliando a desigualdade de renda brasileira com a
pandemia e a piora nos indicadores de percepção de felicidade no país.
O
resultado é avassalador.
A
queda de renda da metade mais pobre da população foi 20.81% queda quase duas
vezes maior que a da média.
No trimestre de
Janeiro a Março de 2020 a renda média alcança o maior ponto da série R$ 1122 e
em menos de um ano cai 11,3% e vai para o ponto mais baixo da série histórica
de R$ 995, primeira vez abaixo de um mil reais mensais. Queda de 11,3%.
O
Índice de Gini, que mede a desigualdade, foi recorde na série iniciada em 2012:
0,674 (quanto mais perto de 1, pior a desigualdade) contra o melhor índice, de
0,61, alcançado em 2014 e início de 2015.
A
percepção de felicidade, que já vinha em queda, desabou com a pandemia e não
pela ameaça em si, já que pesquisa idêntica realizada em 40 outros países não
registrou alterações.
A queda da
felicidade se dá nos 40% mais pobres (-0,8%) e no grupo do meio (-0.2) situados
entre 40% a 60% da renda [nível de]. Já os grupos mais abastados
mantiveram a satisfação com a vida. Ou seja, há aumento da desigualdade de
felicidade na pandemia. A diferença de satisfação com a vida entre os extremos
de renda que era de 7,9% em 2019 sobe para 25,5%. (…) A nota média de
satisfação da vida presente do brasileiro, caiu de 6,5 em 2019 para 6,1 em
2020. No resto do mundo a nota tinha ficado parada durante a pandemia em torno
de 6,0. Ou seja, há marcada perda relativa de felicidade no Brasil durante a
pandemia.
A
pesquisa mostra um brasileiro mais propenso à raiva, ao estresse, à tristeza e
até menos propenso a divertir-se que a média de 40 países pesquisados no mundo
pelo Gallup.
Convenhamos,
não é para menos.
Tijolaço.
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