A
notícia de que a Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura
de inquérito para investigar um suposto recebimento de R$ 4 milhões pelo
Ministro Dias Tóffoli para “resolver o problema” de dois prefeitos
fluminenses quando era presidente do Tribunal Superior Eleitoral, tem o efeito
de um explosivo nos intestinos da Corte.
É
que a denúncia integra a delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral que,
condenado a três séculos de prisão, atira para todo e qualquer lado em busca de
“descontar” algumas décadas de suas infindáveis penas. Tanto é assim que o
Ministério Público Federal rebarbou seu pedido de colaboração e, tal como
aconteceu com Antônio Palocci, foi a Polícia Federal quem recolheu a xepa
acusatória e levou ao Ministro Luiz Edson Fachin que, como se sabe, a
homologou, como homologa qualquer acusação que sirva ao lavajatismo.
No
lote de acusações feitas com Cabral, claro, há trechos que buscam atingir o
filho de Lula, Fábio Luís Lula da Silva.
Em
setembro do ano passado, no final de sua presidência no STF, Dias Tóffoli
atendeu a pedido da Procuradoria Geral da República para que os inquéritos
oriundos da delação de Cabral fossem arquivados, por falta de provas. É quase
certo que o que o visava não estava entre eles, porque seria inevitável que o
ministro e desse por impedido desta decisão.
Agora
Fachin acolhe este novo pedido e o envia à Procuradoria Geral da República,
para opinar. Será, provavelmente, contrário e voltará para o arquivo morto.
Mas
dá para imaginar o “climão” dentro do Tribunal com o levantamento de suspeitas
genéricas contra um de seus integrantes.
Sugere-se
que, com ou sem Covid, Fachin entre em quarentena. Pois não há dúvidas de que
ficará isolado, e por bem mais de 14 dias.
Tijolaço.
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