segunda-feira, 24 de maio de 2021

EDUARDO PAZUELLO SERÁ PUNIDO E ENVIADO A RESERVA APÓS IDA À MANIFESTAÇÃO COM BOLSONARO

Decisão da punição foi tomada pelo comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira.

Pazuello infringiu o artigo 45 do Estatuto Militar, que proíbe a participação de oficiais da ativa em atos políticos.

O general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, será enviado a reserva, após participar de uma manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, no último domingo (23). A informação é da jornalista Marília Sena, do Congresso em Foco.

A decisão da punição foi tomada pelo comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira. Pazuello infringiu o artigo 45 do Estatuto Militar, que proíbe a participação de oficiais da ativa em atos políticos. A decisão, segundo as informações, é delicada, pois Bolsonaro poderia reverter a punição de Nogueira e criar uma crise com os militares.

Folha de S.Paulo também noticiou, ontem, que generais da cúpula da Força conversaram por telefone sobre o que ocorreu no Rio de Janeiro e dizem, em conversas reservadas, que Pazuello tomou uma “decisão descabida” e “enxergaram uma transgressão a normas básicas do Exército”.

A transferência de Eduardo Pazuello a reserva é dada como certa, já que os integrantes do Alto Comando avaliam que a ida do general da ativa ao palanque político do presidente passa uma “mensagem negativa a patentes inferiores”.

CPI DA COVID

Os senadores que integram o grupo majoritário da CPI da Covid também questionaram a participação do ex-ministro da Saúde, sem máscara, durante a aglomeração promovida por Bolsonaro. Para eles, o general, que prestou depoimento na última semana, fez uma “afronta à comissão“.

Na próxima quarta-feira (26), o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (MDB-AM) vai votar novos requerimentos de convocações e a expectativa é que Eduardo Pazuello seja reconvocado a prestar depoimento.

Na semana passada, ao responder ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), Pazuello mentiu em diversos momentos, omitiu informações para blindar Bolsonaro e, indiretamente, trouxe a tona fatos que incriminam o presidente da República.

O senador Humberto Costa (PT-PE), membro da CPI, classificou como um “deboche” à população e um ato para tentar desmoralizar a CPI a aglomeração realizada no Rio de Janeiro. Já o o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o ex-ministro da Saúde disse que o depoimento será somado ao ato de ontem. “O general Eduardo Pazuello fez hoje uma escolha de ser o primeiro personagem declaradamente indiciado da CPI.”

 Rede Brasil Atual

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